sábado, 27 de dezembro de 2008

- A Química da Depressão

Não são conhecidas ainda todas as causas da Depressão e talvez ainda demore muito tempo para essa tarefa ser concluída. Entretanto, pesquisas nessa área sugerem fortemente influências bioquímicas importantes para a regulação de nosso estado afetivo.

Pesquisas recentes sugerem também a importância de fatores genéticos na Depressão. Vem daí a incidência aumentada do transtorno depressivo em membros de certas famílias ou a concordância entre irmãos deprimidos.

Desde a milenar invenção do vinho temos noção dos efeitos de produtos químicos sobre a atuação da personalidade humana. Ao longo dos anos tem sido muito grande nossa inclinação para substâncias que aliviem nossos males, amenizem nossas angústias e proporcionem momentos de bem estar. Conhecendo a história do ópio, das bebidas alcoólicas e dos tóxicos passamos a aceitar melhor a idéia de algumas substâncias poderem alterar a percepção que se tem da realidade.

Os tratamentos medicamentosos para a Depressão procuram realizar uma correção bioquímica de tal forma que haveria um aumento no nível desses neurotransmissores, juntamente com um reequilíbrio dos neuroreceptores. Podemos, com esses conhecimentos, entender melhor a atuação de determinados medicamentos psicotrópicos, bem como a ação cerebral de outras substâncias entorpecentes e euforizantes, como é o caso da cocaína.

Medicamentos antidepressivos, muito em moda ultimamente e um dos mais expressivos avanços da ciência na área cerebral nesse século, promovem uma expressiva correção no nível dos neurotransmissores e, concomitantemente, também um ajuste na quantidade e qualidade dos neuroreceptores. Dessa feita procuramos através de medicamentos, promover uma normalidade na bioquímica cerebral compatível com uma tonalidade afetiva mais harmônica.

Que quadros podemos ter na Depressão

Em algumas pessoas a Depressão se apresenta de forma Típica em outros de forma Atípica. Nas formas Atípicas de Depressão podemos Ter, concomitantemente, variados quadros psicoemocionais:

A - QUADROS ANSIOSOS
A.1 – SÍNDROME DO PÂNICO
A.2 – FOBIAS
A.3 – ANSIEDADE GENERALIZADA
B – QUADROS SOMÁTICOS (com queixas físicas)
B.1 – QUADROS SOMATOMORFOS
B.2 – DOENÇAS PSICOSSOMÁTICAS
B.3 – HIPOCONDRIA
C – QUADROS NA INFÂNCIA
D.1 – HIPERATIVIDADE
D.2 – MEDO PATOLÓGICO
D.3 – DIFICULDADES ESCOLARES
D – QUADROS IMPULSIVOS
C.1 – BULIMIA NERVOSA
C.2 – ANOREXIA NERVOSA
C.3 – QUADROS OBSESSIVO-COMPULSIVOS

- EFT: Aprendendo a conviver com a diabetes!


* Por Adriana Pimentel

Este artigo fala a respeito da aceitabilidade da doença de uma adolescente de 16 anos, que se descobriu diabética quando tinha apenas um ano e meio de idade.

Maria* chegou ao consultório trazida por sua mãe, em virtude de sua preocupação com sua filha, pois a mesma recusava-se a aceitar o tratamento. Demonstrando-se agitada, rebelde, insatisfeita com sua vida e às vezes até agressiva com todos.

Na consulta Maria* demonstrou raiva, questionando porque isso havia acontecido com ela, porque ela tinha que tomar insulina? Porque? Porque?

Falou da sua enorme vontade de comer doces, da sua fome, ansiedade... Foi a partir de então que começamos a utilizar a EFT no sentido de trabalharmos a aceitabilidade e consciência no tratamento. Começamos a trabalhar sua ansiedade e claro o desejo de comer doce.

Na sessão seguinte, trabalhamos sua revolta por ter a doença, pois a revolta já estava fazendo com a adolescente não quisesse mais sair de casa, nem querer ir a escola ou até mesmo sair com os amigos e manter uma vida social. Nesta sessão trabalhamos muito com EFT, o que fez com ela colocasse para fora todos os sentimentos que a impediam de viver uma vida tranqüila, mesmo tendo que tomar a insulina e manter uma dieta adequada.

Vieram frases: “porque comigo, tanta gente e logo eu” “Droga porque eu”... Através da demonstração dos seus sentimentos podemos trabalhar as frases e ao final da sessão suas queixas haviam desaparecido. Isso mesmo, ela não se via mais como a vítima da história.

Na próxima sessão, chegou já com um sorriso no rosto que me contagiou logo de imediato. Falando sem pestanejar que estava “felicíssima”, que estava indo a escola, que a disposição dela havia voltado e uma novidade ótima, que não estava mais preocupada em ser diabética, mas sim em viver uma vida normal e sadia e me disse também com muita empolgação, que havia começado a namorar. Nossa! A felicidade dela não cabia no rosto. Ela partiu então para me dar um abraço e confesso que a emoção me chegou aos olhos.

Relatou em uma outra sessão que havia ido a uma festa e que viu todos aqueles doces maravilhosos e que se segurou, ficando impressionada ao mesmo tempo consigo mesma, dizendo como estava diferente...

Enfim, a EFT ajudou neste primeiro momento a esta jovem a compreender melhor a doença e suas atitudes, agora poderemos buscar outros caminhos no que diz respeito a diabetes, vamos aguardar como ficarão as suas taxas e claro suas necessidades.

Para um terapeuta a realização dos clientes torna-se nossa realização também. Agradeço sempre a oportunidade de estar compartilhando do crescimento dessas pessoas. Obrigada! Obrigada a você Maria*

* nome fictício.


quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

- Feliz Natal e Feliz Ano Novo!


* Por Adriana Pimentel
11/12/08

Uma época de confraternizar! De trocar! De ressignificar e principalmente avaliar!

Avaliar pelo simples fato de que esta data simboliza e permite que alguns de nós procuremos ser pessoas diferentes do que fomos no ano que passou.

Avaliar pela possibilidade de olhar para si com os olhos do coração e a partir de então perceber o outro também com o olhar da fraternidade, da irmandade, da indissociação que somos, pois fazemos parte de um único todo.

É sim, tempo de rever os amigos, familiares, amores...E de se dizer o quanto se ama, se é feliz! E o quanto se acredita na vida e no viver!

Sei que não é mágica, que tudo muda ou vai mudar no Natal ou na passagem para um novo ano! Mas sendo simbólica essa comemoração é talvez um momento dentre tantos que passamos no Ano, que possamos nos permitir a agir de modos ou formas nunca antes realizados. E em alguns momentos, incorporar o Natal, o Ano Novo, como um ato do ANO TODO! Como um ato de renovação, de perdão e de amor cotidiano.

Desejo a todos vocês, muita luz! Paz! Mudança! Amor! Realizações... Nestas festas que se aproximam, e desejo principalmente Fé! Fé em você mesmo, no outro e no mundo!

Um enorme beijo carinhoso com muita paz no coração de todos!

- Cura?!?!

* Por Adriana Pimentel
10/12/08


Para começar a falar de qualquer processo de cura, precisamos primeiramente falar da evolução que nosso planeta está passando, a forma como se vive, como se alimenta, a forma como nós dormimos, como exercitamos o nosso corpo...A incessante obsessão do ter.

Então não há uma única maneira correta de levar a cabo o processo de cura. Cada pessoa é singular e segue um caminho específico de desenvolvimento. Para nossa satisfação pessoal, precisamos encontrar um jeito de nos desenvolvermos e expressarmos nosso ser. Para tanto é necessário que cada um olhe honestamente para si mesmo.

É bem verdade que algumas pessoas tem mais facilidade deste olhar do que outras. Mas para começarmos a despertar esse olhar, podemos iniciar verificando como anda cada ponto de nossa vida, como anda o nosso lado espiritual, mental, emocional e físico e fazermos talvez as seguintes perguntas:



- Como anda meu cuidado com minha fonte espiritual?
- Estou satisfeito com meu intelecto?
- Aceito e compreendo minhas emoções? Percebo o que me incomoda?
- Sinto-me fisicamente saudável?

Talvez desta forma, quando paramos para verificar algumas dessas áreas, possamos nos deparar que uma delas ou mais precisam da nossa atenção, e consequentemente, cheguemos a conclusão que nenhum processo é hermeticamente fechado, ou seja, se estou bem espiritualmente e esqueço do corpo, não cuidando da alimentação, dos nossos hábitos e disciplina não teremos um equilibro adequado, porque as áreas estão interligadas, caminhando junto a todo momento.

Concluímos com tudo isso, que na verdade temos que aprender a ouvir o nosso corpo, e sendo ele o nosso amigo, podemos reconhecê-lo como tal. Afinal ele trabalha 24 horas por dia para nos mantermos vivos, então vamos aprender a nos comunicarmos com ele; lembrando também que a doença não é sempre um fato negativo, ela pode ser um motivo de aprendizado, de crescimento, podendo ser visto como um alerta, como uma oportunidade de olhar para si mesmo.

A caminhada sempre continuará, cada um no seu ritmo e na sua forma. Um primeiro passo é a aceitação da necessidade de que precisa ser ajudado. Para continuar a caminhada com liberdade, leveza, carinho consigo e reconhecimento de si mesmo.
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