quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

- Driblando a Dor!

Olá a todos! recebi este mail de uma grande amiga e pensei que seria muito útil compartilhá-lo com vocês..
Talvez já tenham ouvido está história antes.. Mas sempre é bom relembrar algo que serve para nos fortalecer.
Boa leitura, bom aproveitamento e muita resistência as dores que a vida nos impõe.

Mais de uma vez me recordo. Na infância, quando eu reclamava de alguma dor e como se costuma dizer fazia corpo mole para não cumprir alguma tarefa, escutava a história outra vez.
Certa vez, a dor veio visitar a Terra. Vestiu-se de forma adequada e chegou a uma casa pobre. Havia crianças, uma mulher cansada de tantos afazeres e um homem marcado pelas horas de trabalho exaustivo.
A dor gostou do lugar e se aninhou no dedão do pé direito daquele pai de família. Naquele dia, quase noite, ele se recolheu e nem deu muita atenção para a tal da dor porque o cansaço era maior do que ela.
Mal despertou a madrugada o homem acordou, pulou da cama e começou a se preparar para sair.
Não desejando despertar as crianças e a esposa, ele se ergueu no escuro e logo bateu o dedão num brinquedo esquecido no chão.
Ai, disse ele baixinho. Ui, que dor!
Acariciou o dedo dolorido com a mão calosa e enfiou o pé no calçado. A dor lhe deu uma espetada. Afinal, ela não estava gostando nada de ficar ali, apertada.
O homem, responsável, saiu mancando. O dedo latejava. Ele sentiu a dor diminuir um pouco quando tirou o pé do calçado, no trajeto que fez de ônibus.
Contudo, logo mais chegou ao destino. Calçou o sapato e andou.
Assim foi o dia inteiro. A dor reclamando, o homem sentindo mas dizendo: Eu preciso continuar. Não posso perder este emprego. Meus filhos dependem de mim.
E tudo acontecia. Ora o dedão topava na quina de um móvel, ora o sapato apertava mais, ora...
A noite surpreendeu o homem na labuta, suando, trabalhando. A dor já não aguentava mais.
E, quando ao ir para casa, o dedão topou numa pedra do caminho, foi o fim. A dor ficou muito zangada e disse: Vou embora. Este homem não sabe me tratar bem.
E lá se foi. Perto dali, ela encontrou uma casa muito bonita, confortável e entrou.
Um homem estava largado no sofá da sala, assistindo televisão. A dor gostou de tudo que viu e se instalou no dedão do pé.
Ai, gritou ele. Que coisa esquisita. Que dor terrível!
Já providenciou uma almofada para acomodar o pé. Ao recolher-se para dormir, enfaixou o local e no dia seguinte, fez repouso.
E no outro, e no outro.
A dor adorou aquele tratamento vip e tomou uma resolução: Não saio mais daqui!
* * *
Quando a história terminava, eu já sabia que teria que dar conta das minhas responsabilidades.
Era a forma de minha mãe me ensinar que eu devia ser forte; que pequenas dores deviam ser suportadas e de forma alguma serem motivo para não se cumprir as obrigações.
Essa atitude serviu para me tornar alguém com maior capacidade de suportar reveses e dificuldades.
Quando tudo parecia conspirar contra mim e eu tinha vontade de desistir, lembrava da história da dor. E retomava a luta.
* * *
A dor física é sempre sinal de que algo não está bem no organismo. O bom senso nos diz que se deve procurar auxílio médico para a adequada verificação do que seja, antes que o mal avance.
No entanto, pequenos incômodos levam algumas pessoas, por vezes, a logo optarem por ausências na atividade profissional e descumprimento de suas obrigações.
São desculpas, fugas com vistas a se furtar ao dever.
Pensemos nisso e não nos permitamos entregar por pequenas coisas.
Afinal, quem aprende a bem administrar pequenas questões físicas angaria fortaleza moral para eventuais dificuldades orgânicas graves que possa vir a ter e, mesmo, fortalecimento para as dores morais que tenha que enfrentar.
Pensemos nisso.

13 comentários:

Daniel Hiver disse...

Belíssimo blog. A imagem de apresentação e o pedaço da letra da música formam um belo conjunto.

E é verdade, somos feitos de amores e dores. Realizações e fracassos.

Mas a diferença está mesmo no tratamento que damos aos fracassos e as dores.

Os verdadeiros fracassados são aqueles que dão tratamento vip aos seus próprios fracassos. Adoram ressentimentos e vivem de suas próprias dores como se as decepções precisassem de uma almofada.

Mas as dores devem ser expulsas. E não haver lugar para elas. Talvez no máximo um dia ou uma noite. E na manhã seguinte precisamos acordar, escovar os dentes e matar o leão nosso de cada dia

Aí vale a pena a vida.

Psico?lógico! disse...

Olá Daniel! Muito obrigada pelo seu belo comentário e claro, seja muito bem vindo.

Um enorme abraço.

Casa de Catarina - lelê disse...

Adri
Adorei o texto... sabe que estava pensando sobre isso mesmo e até pretendo discutir com a minha terapeuta. Meu namorado está doente... e toda vez que ele fica com qualquer coisa, ele diz que dá a sensação depressão. Sempre falo para ele... não se entregue, blablabla... mas acho que cada um se condiciona de uma forma. E cada um sente a dor do seu tamanho.
Tenho mania de brigar contra as dores... a ponto de não ser saudável. Tem algumas que precisamos sentir, elaborar e transmutar... outras não, simplesmente sinta e saia fazendo.
Adorei!
Beijos
lelê

Taddeu Vargas disse...

Olá, parabéns pelo espaço. Adorei e vou voltar para acompanhar as novidades. Eu conhecia essa história de uma outra forma, mas com o mesmo sentido. Abraço forte!

Psico?lógico! disse...

Ol Lelê! Isso mesmo! Vc percebeu a exata mensagem que o texto passou.
Beijos lindona!

***********

Olá Tadeu! Obrigada pela visita e seja bem vindo!!

Abraço fraterno

Lidiane Vasconcelos disse...

Isso me fez lembrar o tempo em que trabalhei gerenciando uma grande equipe e, não raro, as pessoas muitas vezes usavam a dor para fugirem de suas responsabilidades.

Por outro lado, já ouvi falarem que a dor é algo totalmente subjetivo, e ninguém pode julgar a dor do outro.

Enfim, essa é uma equação difícil, e dor cada um tem a sua. Bom seria que todos tivessem recebido desde pequeno a educação e orientação necessária para entender que essa não deve ser uma forma de escapar de suas obrigações.

Gi disse...

Gostei muito do blog, já virei seguidora. Bjão

Amélia Ribeiro disse...

Olá Adriana!

Muito obrigada pelo carinho e pelas palavras de consolo que me deixas neste período tão doloroso que a vida me reservou!

Um beijo grande!

✿ Regiane ✿ disse...

Adorei o texto, realmente é uma verdade.
Temos que ser fortes e enfrentar os obstáculos e dores da vida.
Tenha uma excelente noite!
Bjs

Rosi disse...

Olá
Vim retribuir a visita e avisar que vou linkar o blog lá no meu, assim posso te acompanhar.
Um abraço

Paulo Tamburro disse...

A história é excelente.

No entanto, o que tenho observado, ultimamente, é que as pessoas vivem esquecendo daquela dor, pois sempre encontram uma outra muito maior.

Fala sério! Estamos vivendo de dores maiores ou apenas criando-as do nada?

Um abração carioca!

Psico?lógico! disse...

Esses textos nos fazem refletir de forma diferente... E esse é o objetivo deste blog! criar mais um espaço para nossas reflexões...
Um abraço a todos.

Adriana

Silenciosamente ouvindo... disse...

Psicologia humana é algo muito
sério? Às vezes é muito mais
difícil falar das dores da
alma que do corpo.Obrigada
por se ter registado no meu
blogue http://intemporal-pippas.
blogspot.com
Beijinho/Irene

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